XIII Encontro Nacional da APEM
Oradora Convidada:
Formadores:
Mesa Redonda:
A Música, o Plano Nacional das Artes e a Escola
Nuno Pólvora | Subcomissário do Plano Nacional das Artes
Eurico Valente | Diretor do Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos
Paula Freitas | Professora de História e História da Cultura e das Artes, Coordenadora do Plano Cultural do Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos
Miguel Gonçalves | Aluno do 8º ano do Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos
Moderadora: Manuela Encarnação | Presidente da APEM
Apresentação de Livro:
Concerto:
Coro Infantil e Juvenil Lisboa Cantat
9 de novembro, Fundação Calouste Gulbenkian entre as 09.00h e as 18.00h
Ação de formação de Curta Duração (6h) | certificada pelo CFAPEM de acordo com os artigos 6ºd, 7º nº2 e 8ºb do RJFC | Dec. - Lei nº22/2014 de 11 de fevereiro.
XIII Encontro Nacional da APEM - Fundação Calouste Gulbenkian
Sábado, 9 de novembro de 2019
PROGRAMA
Hora | Atividade |
---|---|
8h30 | Secretariado |
9h00-9h15 | Atividade de boas vindas: P'ra começar bem... |
9h15-9h20 | Abertura do Encontro |
9h20-10h15 | Conferência: Margaret Barrett |
10h45-11h30 11h35 - 12h15 (troca de grupos) 12h20 - 13h05 (troca de grupos) |
Workshop 1: Mixer 3.0 - Música Ludificada (Grupo A) | Bitocas Fernandes Workshop 2: 1, 2, 3 uma metáfora de cada vez (Grupo B) | Janete Ruiz Workshop 3: Lixo com ritmo (Grupo C) | Joaquim Alves |
14h45 - 16h15 | Mesa Redonda: A Música, o Plano Nacional das Artes e a Escola Nuno Pólvora | Subcomissário do Plano Nacional das Artes Eurico Valente | Diretor do Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos Paula Freitas | Professora de História e História da Cultura e das Artes, Coordenadora do Plano Cultural do Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos Miguel Gonçalves | Aluno do 8º ano do Agrupamento de Escolas Professor Reynaldo dos Santos Moderadora: Manuela Encarnação | Presidente da APEM |
16h30 - 17h15 | Apresentação de livro: Conhecimentos vs. Competências Uma dicotomia disparatada na Educação João Costa e João Couvaneiro |
17h25 - 18h00 | Concerto: Coro infantil Lisboa Cantat Jorge Alves |
18h00 | Encerramento |
Margaret S. Barrett, Escola de Música, Universidade de Queensland.
Professora Investigadora e Diretora Fundadora do Creative Collaboratorium na Universidade de Queensland. Foi presidente da ISME (2012 - 2014), presidente do Asia-Pacific Symposium for Music Education Research (2009 - 2011) e da World Alliance for Arts Education (2013 - 2015). A sua investigação aborda a aprendizagem e o desenvolvimento precoce das crianças, pedagogias de criatividade e especialização, a vida e as contribuições da aprendizagem do envolvimento musical e a avaliação do programa. A sua investigação tem sido apoiada por subvenções do Conselho de Investigação da Austrália, do Conselho para as Artes da Austrália, do British Council e de parceiros da indústria. Possui prémios de excelência em supervisão de Research Higher Degree (2016), envolvimento em investigação (2016) e ensino (2004). Os prémios recentes incluem Fulbright Senior Research Fellowship (2018), Beaufort Visiting Fellowship at St John's College Cambridge (2019) e uma DEA Fellowship no Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique (2019). As publicações incluem Criatividade Colaborativa em pensamento e prática musical (2014, Ashgate), Sondagens narrativas: Uma antologia da investigação narrativa (2012, Springer) e A Psicologia Cultural da Educação Musical (2011, OUP).
Margaret S. Barrett, Escola de Música, Universidade de Queensland.
Aprendizagem musical para a vida: promover uma perspetiva de vida para a educação musical.
O Guia das Boas Universidades da Austrália publica anualmente um guia de profissões com conselhos para os futuros alunos sobre o conjunto de percursos disponíveis no sistema universitário australiano. Numa secção intitulada “Como se tornar professor de música”, os alunos são informados que:
”Os professores de música desenvolvem o interesse e a apreciação da música através do ensino de teoria, história e competências práticas.
E devem demonstrar:
- Alto grau de proficiência, pelo menos, num instrumento;
- Entusiasmo pela música e pelo ensino;
- Boas capacidades organizacionais;
- Capacidade de comunicar conceitos e instruções musicais claramente;
- Tolerância ao lidar com as diferentes capacidades dos estudantes;
- Preparação para trabalhar fora do horário escolar.
https://www.gooduniversitiesguide.com.au/careers-guide/browse/teacher-music”
No exposto acima, está implícito um foco no conteúdo de uma visão particular da música (teoria, história e capacidades práticas) e a noção de “apreciação”.
Essa visão do papel do professor de música leva-me a fazer uma série de perguntas:
Quais são as expectativas das crianças quanto ao envolvimento musical nas escolas? Quais são os seus entendimentos de “apreciação”?
O que é que as crianças trazem para o seu envolvimento musical nas escolas?
Nesta apresentação, recorrerei a uma série de projetos de investigação realizados na Austrália como meio de interrogar e explorar estas questões.
Bitocas Fernandes
Facilitador criativo, performer e pedagogo. Nasceu em 1968, numa família de músicos. Estudou no Conservatório de Música de Aveiro e na Escola Profissional de Música de Espinho mas, foi de forma autodidata que desenvolveu as suas pesquisas pedagógico-musicais. Os seus métodos muito pessoais encontram - se espelhados no projecto O Jogo Aberto que envolve design de jogos, laboratórios temáticos e eventos interativos, gerando contextos para uma prática musical mais criativa através do lúdico. Co-fundou com seus irmãos a d´Orfeu - Associação Cultural, criou o AparqA! - Centro Criativo da Alta Vila(2008-2011) e, atualmente, é membro fundador da Glocalmusic, cooperativa para o desenvolvimento da música criativa, criada em 2016 através da qual colabora com várias instituições promovendo iniciativas que misturam arte e ludicidade.
Bitocas Fernandes
Mixer 3.0 - Música Ludificada
#jogo #improvisação #cognição #cidadania #ambiente
Não é necessário dinheiro para ter instrumentos, nem um ensaiador para ser organizado, nem eletrónica para misturar, nem conhecimentos musicais para se fazer música. É preciso é fazer música, experimentar o que somos e o que queremos questionar, com o que temos à mão e aí, no desenrolar do som, se adquire o conhecimento musical.
Através de metodologias alternativas, informais e lúdicas, e um punhado de objetos bizarros, este laboratório de improvisação explora rastilhos da interação grupal e da criatividade coletiva de forma a acelerar o processo de criação musical. E permite que todos, músicos e os que pensam que não são, possam participar em momentos de criação únicos e usufruir de uma viagem metafórica às tecnologias de produção áudio, sem eletrónica. Só diversão, música e criatividade.
Janete Ruiz
Diretora coral, explora a composição contemporânea para coros infantis e o uso do movimento e das metáforas como veículo de desenvolvimento artístico e expansão de horizontes musicais. Frequentou formação com Basilio Astulez, Elisenda Carrasco e no âmbito da Europa Cantat e da International Federation for Choral Music. Diretora artística dos Jovens Cantores de Guimarães. Desenvolve carreira solística e em diversos ensembles vocais e coros (Ensemble Clepsydra, Grupo de Câmara do Porto, Coral de Letras, Coro Casa da Música), com os quais se apresentou em concertos em Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda. Diplomada em Canto pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, é licenciada em História da Arte, mestre em Ciências Musicais e doutorada em Estudos da Criança (variante Educação Musical) pela Universidade do Minho. Publicou artigos sobre pedagogia coral e sobre o coro como entidade performativa. É Professora Convidada na Universidade do Minho. Leciona no Conservatório de Guimarães.
Janete Ruiz
1,2,3 uma metáfora de cada vez!
É um convite à imaginação!
Viajamos pelo mundo fascinante das metáforas associadas à voz, ao corpo e ao espaço e experimentamos o seu efeito poderoso num grupo. Símbolos, emoções, gesto, movimento e som em sinergia.
Imaginação e diversão de mãos dadas para que cantar em coro seja um prazer.
Joaquim Alves
Começou os seus estudos musicais em 1989 na Escola Profissional de Música de Espinho, tendo em 1993 ingressado no Conservatório de Roterdão. É licenciado pela ESMAE. Actualmente frequenta o Mestrado em Ensino da Musica na UCP. Entre os anos de 1993 e 2003, trabalhou como artista convidado com a Orquestra Gulbenkian, Régie Sinfonia, ONP, OSP e Orquestra do Norte. Em 2000, estudou música popular brasileira e percussão teatral com percussionistas brasileiros, como Vinícius Barros, Rogério Boccato, Dalga Larondo. Tem feito, como monitor e formador, workshops de percussões brasileiras, Cajon Flamenco e Peruano, ritmos e percussões alternativas e criou ainda o workshop “Lixo com Ritmo”, com o qual tem percorrido o país. Atualmente é formador no Serviço Educativo da Casa da Música. Fez como formador, workshops como “Ritmos Urbanos”, “Ritmos Do Mundo”, “Tambor das Sílabas”, “Beats e Bites” e “Nouvelle Cuisine”, “Sheik dos Shakers”, “Contos Russos” e Tom Afro Tom. Como musico e diretor artístico tem feitos os alguns dos primeiros concertos, como “Bach Be Cue”, “Perlimpimpum” e “Sheik do Shakers” e concertos, como “Cha Cha Pum”, “À Mesa” e “Ritmos Trópicos” . Foi professor no Conservatório de Música do Porto entre 2010 e 2017. É professor de percussão desde 1993 na Escola Profissional de Música de Espinho e coordenador da classe de percussão da mesma escola desde 2002.
Joaquim Alves
Do lúdico ao técnico: workshop criativo lixo com ritmo
Tendo como base ritmos como o Hip-Hop, Kuduro, Funky, Samba reggae, entre outros, que estão associados à cultura urbana e alternativa, associaremos estes ritmos a objetos usados no nosso dia-a-dia como, bilhas, garrafas, bidões, colheres de pau, sacos plásticos, tambores de máquinas de lavar loiça e roupa e latas. Juntaremos aos sons dos objetos a voz e sons do corpo por vezes manipulados eletrónicamente.
Através do lúdico, com jogos rítmicos e usando a percussão corporal, pretende-se chegar aos aspetos técnicos da música.
Plano Nacional das Artes
Desenvolvido pelas áreas governativas da Cultura e da Educação, o Plano Nacional das Artes (PNA) tem como objetivo tornar as artes mais acessíveis aos cidadãos, em particular às crianças e aos jovens, através da comunidade educativa, promovendo a participação, fruição e criação cultural, numa lógica de inclusão e aprendizagem ao longo da vida. Pretende incentivar o compromisso cultural das comunidades e organizações e desenvolver redes de colaboração e parcerias com entidades públicas e privadas, designadamente, trabalhando em articulação com os planos, programas e redes pré-existentes.
O CILC – Coro Infantil Lisboa Cantat foi criado em Maio de 2015 no seio da Associação Musical Lisboa Cantat. Actualmente é composto por 45 elementos com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos.
A sua primeira actuação foi no dia 26 de Junho de 2015, no Festival de Música de Alcobaça, com o programa Carmina Burana de Carl Orff, em cooperação com o Coro Juvenil da Academia de Música de Alcobaça, o Coro Sinfónico Lisboa Cantat e a Banda Sinfónica de Alcobaça.
Este programa foi repetido em Outubro de 2015, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, e na Aula Magna, em Lisboa, com o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, o Coro da Universidade de Lisboa e a Banda da Força Aérea.
Em Março de 2016 destaca-se a sua primeira apresentação em concerto a capella no Festival de Coros Infantis de Almada, no Solar dos Zagalos, com um programa de canções portuguesas e estrangeiras.
Num ano de 2016 marcado por muita actividade, o CILC participou na “Noite de Pequim”, que teve lugar no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém (Junho), e actuou no Festival “Coros do Mundo em Lisboa”, na Igreja de Santa Joana Princesa, numa organização da Associação Musical Lisboa Cantat e da Junta de Freguesia de Alvalade (Julho).
Em Outubro, participou no XVI Encontro de Coros Infantis e Juvenis em Lagos, na Igreja das Freiras, a convite do Grupo Coral de Lagos.
O ano culminou com o convite do Teatro Nacional de São Carlos para participar no seu Festival de Natal, que se realizou no dia 5 de Dezembro no Foyer do TNSC e, por fim, com a colaboração no “Mercado de Natal” em Alvalade – uma iniciativa da Junta de Freguesia de Alvalade durante o mês de Dezembro de 2016.
Em 2017, actuou no Concerto de Reis na Igreja de S. José da Anunciada, em Lisboa e, a 21 de Janeiro, a convite da Embaixada da China, participou nas Comemorações do Ano Novo Chinês, na Praça do Martim Moniz.
No dia 7 de Maio, a convite da AMBO – Academia de Música Banda de Ourém, participou no XXVI Encontro de Coros Infantis e Juvenis de Ourém.
Posteriormente, a 3 de Julho, actuou na Biblioteca Nacional de Portugal, no âmbito do Festival “Coros do Mundo em Lisboa”, juntamente com o coro infantil Mélopée, da Bélgica.
Realizou a 1.ª edição das Férias Corais, numa parceria com a Junta de Freguesia de Alvalade e a Fundação INATEL, que contou com participantes externos ao CILC, já que foi uma iniciativa aberta a todas as crianças dos 6 aos 14 anos. O programa incluía actividades musicais, movimento corporal, actividades ao ar livre e uma apresentação final no Espaço Lisboa Cantat.
A necessidade de dar continuidade à atividade musical dos elementos mais velhos do CILC e de um repertório mais adequado à sua faixa etária levou à criação do CJULC. O seu primeiro ensaio realizou-se em 5 de novembro de 2017.
Em Dezembro, participou no Programa “Natal em Lisboa”, com um concerto na Igreja de S. Roque, juntamente com o Coro Sinfónico Lisboa Cantat.
No âmbito das nas comemorações do 40.º aniversário da A.M.L.C., organizou o workshop “Voz e Movimento”, que decorreu na Sala Sega do C.C.B.
Atuaram no dia 27 de Maio de 2018, os 2 coros (CILC e CJULC) no âmbito do Festival “Coros do Mundo em Lisboa”, em que organizaram um concerto no Jardim Zoológico de Lisboa, na altura do seu 100º aniversário, que contou com a participação do coro alemão “”Schedrik”.
A 2.ª edição das Férias Corais realizou-se em Julho e decorreu em Palmela em regime interno. As atividades foram encerradas com uma atuação dos dois coros num dos “Concertos ao Entardecer” promovidos pela Junta de Freguesia de Alvalade. O 1.º aniversário do CJULC foi comemorado com a realização de um concerto onde participaram o CILC, CJULC e o Coro dos Pequenos Cantores da Academia de Amadores de Música, como coro convidado.
O CILC e o CJULC participaram no concerto do 41º aniversário da A.M.L.C. que se realizou no Auditório da Universidade Lusófona. Em 5 de Janeiro deste ano, os dois coros apresentaram-se no Mercado de Alvalade no âmbito do Programa “Vamos Cantar as Janeiras”, organizado pela Junta de Freguesia de Alvalade.
Em 14 de Abril, participaram no XXVII Encontro de Coros Infantis e Juvenis organizado pelo Coral Infantil de Setúbal (40º aniversário), que teve lugar no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.
Em Junho, encerraram o ano lectivo com mais um concerto englobado no projeto “Coros do Mundo em Lisboa”, com a presença do coro polaco “Bogorya”.
Organizou o Estágio Coral de Verão no passado mês de Julho, tendo sido realizadas algumas actividades na Academia do Inatel. O concerto do 4.º Aniversário do CILC, em 13 de Outubro, teve a participação do Coro Infanto-Juvenil de Lagos. A equipa artística do CILC é composta por Jorge Alves (director artístico e maestro), Alexandra Fortes (maestrina assistente), Paul Timmermans (pianista) e Bianca Varela (pianista).
A APEM
A Associação Portuguesa de Educação Musical, APEM, é uma associação de caráter cultural e profissional, sem fins lucrativos e com estatuto de utilidade pública, que tem por objetivo o desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação musical, quer como parte integrante da formação humana e da vida social, quer como uma componente essencial na formação musical especializada.
Cantar Mais
Saiba mais em:
http://www.cantarmais.pt/pt
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