Sócio da APEM: gratuito (necessário fazer login no site da APEM e ter as quotas atualizadas)
Inscrição com adesão a sócio incluida: 25€ (Para além da participação no Encontro, inclui a quota atualizada até ao final deste ano estatutário (31 de maio de 2022).
Não Sócio: 35€
Ação de Formação de curta duração (6h) reconhecida e certificada pelo CFAPEM para os grupos 100, 110, 250, 610 e todos os grupos M, de acordo com os artigos 6ºd), 7º n.2 e 8ºb) do RJFC - Dec.- Lei n.º22/2014 de 11 de fevereiro.
O Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Educação Musical é um evento anual destinado a professores e investigadores na área da música e da educação musical, tanto no ensino regular como no ensino artístico, em Portugal.
Nos debates, conferências, workshops e concertos que têm preenchido o programa do Encontro Nacional da APEM, tem sido apresentadas práticas musicais criativas e inovadoras e tem sido promovida a reflexão e partilha em torno de questões atuais e relevantes para os profissionais do ensino da música.
Invariavelmente são convidados especialistas, pensadores e investigadores de referência. São muitos os nomes que já marcaram presença nas nossas conferências, seminários e encontros, nomeadamente: Jacques Chapuis, Jaqueline Verdeau-Paillès, Murray Schafer, Anthony Kemp, Richard Colwell, John Paynter, Edwin Gordon, Ana Lúcia Frega, Pierre Van Hauwe, David Hargreaves, Keith Swanwick, Barbara Haselbach, Wolfgang Hartmann, Graça Mota, Graham Welch, Susan Hallam, Fernando Palacios, Andrea Creech, Polo Vallejo, Pam Burnard, Richard Frostick, Heidi Westerlund, Chris Philpot, José Dias e Margaret Barrett.
O Encontro Nacional da APEM 2021 centra-se na Música e na sua defesa como oferta curricular para todos, nas suas múltiplas e diversificadas faces, abrangências de estilos, épocas e geografias e que a colocam no centro dos processos de ensino e aprendizagem: A Música no centro da música.
A Música que existe no mundo e que reconhecemos como música, mesmo que não nos identifiquemos imediatamente com ela, é representativa de uma cultura coletiva ou individual e tem, pelo menos, valor e significado no contexto da sua criação.
A Música que queremos que exista nas diversas comunidades educativas formais não pode estar separada daquela que tem significado numa comunidade, nem tão pouco imune às transformações sociais, económicas que provocaram também alterações nos processos de criação e consumo. Mas a Música, como prática social, comunicativa e expressiva interpela quem a ouve, quem a canta, quem a toca quem a cria, quem a dança, e a partir daí constroem-se significados.
E é exatamente no desenvolvimento de experiências concretas em interação com os outros que as crianças e jovens podem desenvolver modos de ser e de pensar abertos ao mundo, e capazes de dar resposta aos desafios que se lhes colocam nos dias de hoje. Isto porque, no criar e fazer música, estabelecem-se inter-relações com os outros e com o mundo, que têm exatamente esse caráter de imprevisibilidade, complexidade e mudança. Por isso, as diversidades são essenciais.
Como sempre, assumimos a nossa responsabilidade associativa na reflexão e conceção de práticas culturais artísticas, musicais e formativas que queremos ver espelhadas nestes encontros anuais de partilha da comunidade de professores de música.
Professora de Coro na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo e na Academia de Música de Santa Cecília. Coordena o projeto Oficina Coral desde 2018 (EMNSC/CMO) que está a ser desenvolvido em todas as escolas do 1º CEB do concelho de Oeiras. Maestrina do Coro Infantil Regina Coeli e do Coro Infantil Santo Amaro de Oeiras. Criadora e performer de projetos educativos e artísticos, destacando-se as oficinas no serviço educativo de música da Fundação Calouste Gulbenkian para escolas e famílias. Professora de música na Creche/Jardim de Infância Traquinauta (Carcavelos).
Licenciada em Formação Musical e Direção Coral pela Escola Superior de Música de Lisboa. Encontra-se a concluir o Mestrado em Direção Coral na Universidade do Minho e a frequentar a Pós-Graduação em Música na Infância na Universidade Nova de Lisboa.
Ao longo dos últimos dez anos foi autora de diversas canções, contos e teatros musicais dos quais fez também produção e direção de vozes, envolvendo centenas de crianças em diversos auditórios, tais como CCB, Tivoli BBVA, FCG, entre outros.
Oficina Coral
O projeto Oficina Coral iniciou no ano letivo 2018/2019 em todas as escolas do 1º Ciclo do concelho de Oeiras, abrangendo cerca de 220 turmas e 5000 alunos no presente ano letivo 2021/2022. Um dos grandes objetivos do Projeto Oficina Coral consiste em promover a prática do canto como a base da expressão e educação musical e artística.
Efetuou estudos de bateria jazz e percussão clássica no Conservatório Superior de Roterdão (Holanda). É Licenciado pela Berklee College of Music (EUA) em Performance e Composição com a mais alta distinção (Summa Cum Laude).
É Doutorado em Teoria da Música pela Universidade de Southampton (Reino Unido), sob orientação de Nicholas Cook. Em 2015 prestou provas de Agregação em Música e Musicologia na Universidade de Évora, tendo sido aprovado por unanimidade. Ao longo da sua carreira recebeu vários prémios e bolsas de estudo nacionais e internacionais.
Atua regularmente com os mais relevantes músicos portugueses e artistas internacionais de renome, tais como: Mike Mainieri (Steps Ahead); Dave Samuels (Spyro Gyra); Myra Melford; Susan Muscarella; Kevin Robb, Phil Wilson; e Bruce Saunders. Gravou vários CDs, alguns dos quais como artísta principal.
Apresentou-se em concertos em Portugal, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Escócia, Brasil, Japão e EUA. É Artista Yamaha (Europa), e endorser das marcas de instrumentos Zildjian e Remo.
É autor de vários artigos e textos sobre a problemática da interpretação musical, teoria da música e ritmo, jazz e ensino de música. Lecionou na Universidade de Southampton no Reino Unido e na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo em Portugal. De 2012 a 2016 foi diretor do Departamento de Música da Universidade de Évora.
No ano letivo de 2016-2017 foi Professor Titular Visitante na Escola de Música e Artes Cénicas da Universidade Federal de Goiás, Brasil. Ao momento é Professor Associado com Agregação no Departamento de Música da Universidade de Évora; Diretor do Doutoramento em Música e Musicologia da UÉ; Coordenador do Pólo do CESEM na UÉ; e editor da revista brasileira de musicologia HODIE.
Música ou Músicas: o que ensinamos e para quem?
A Música, uma das expressões mais caraterísticas do ser humano, habita (também por isso) o mais ínfimo interface entre o científico e o sublime. Deste modo, reúne intrinsecamente as condições de ser de todos e ao mesmo tempo perfeita, à medida de cada um de nós. Se por um lado a sua universalidade torna-a passível de formalizações e teorias, por outro e ao longo dos séculos, nunca deixou de nos surpreender com todas as suas diferenças, exceções, sotaques e especificidades – tornando-se este então o grande desafio no ensino de música no séc. XXI. Num paradigma social contemporâneo em que cada vez mais se fomentam princípios globalizantes concomitantemente a inclusividade de individualidades, nesta palestra ir-se-á refletir sobre alguns aspetos do como, o quê e o porquê no ensino de música.
Professora Auxiliar da Área de Educação Musical no Instituto de Educação da Universidade do Minho e membro integrado do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC). Nessa universidade é diretora do Mestrado em Ensino de Música e Membro da Comissão Diretiva do Programa de Doutoramento em Estudos da Criança como responsável da Área de Educação Artística. Faz parte da comissão científica de diversas revistas internacionais. Tem desenvolvido a sua carreira de ensino, investigação e orientação de alunos nacionais e internacionais de mestrado e doutoramento nas áreas da Educação Musical, Currículo e Políticas Educativas do Ensino da Música, e sobre o papel do Ensino Instrumental nos ramos especializado e genérico. Nestas áreas tem publicado diversos livros e numerosos artigos em atas de congressos e em revistas nacionais e internacionais.
O ensino instrumental em grupo. Razões pedagógicas, curriculares e políticas
Nesta breve palestra descrevem-se as raízes históricas da prática pedagógica de Ensino Instrumental em Grupo (EIG) e apresentam-se algumas das suas tipologias, os seus benefícios pedagógicos, os seus impactos na organização curricular e o seu sentido político no contexto português.
Iniciou os seus estudos de violino no Conservatório de Música de Águeda e realizou o Curso de Instrumentista de Cordas na Escola Profissional Artística do Vale do Ave. Na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto finalizou a Licenciatura em Violino (2008) e o Mestrado em Interpretação Artística (2012) na classe do Professor Doutor Radu Ungureanu. Concluiu o Mestrado em Ensino de Música no Instituto de Educação da Universidade do Minho (2013), sob a orientação da Professora Doutora Maria Helena Vieira, com o relatório de estágio: “Contributos para uma Etnopedagogia Musical”. É professor de violino e subdiretor no Conservatório de Música de Coimbra e colabora com o Departamento de Teoria da Educação, Educação Artística e Física do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Frequenta o Programa de Doutoramento em Estudos da Criança na Especialidade de Educação Musical com o projeto "A seleção de alunos para o Ensino Artístico Especializado da Música em Portugal: um estudo sobre a escola pública".
O ensino instrumental em grupo de Cordas numa escola especializada. A escola como forma, a comunidade como conteúdo.
A proposta apresentada neste workshop assenta em recolher da tradição oral local o conteúdo que será adaptado às necessidades formais do ensino instrumental. Se nas nossas comunidades a prática instrumental em grupo é uma realidade tangível, porque não haverá ela de ser transportada (com as merecidas adaptações) para a realidade escolar? O objetivo é demonstrar como podemos beber do folclore local um manancial de métodos e conteúdos para uma prática pedagógica ativa e funcional que, ao mesmo tempo, aproxime as escolas especializadas do seu contexto social, do património cultural e da participação comunitária. A proposta envolve uma Orquestra de Cordas; todavia, outros agrupamentos (heterogéneos ou homogéneos) poderão favorecer o desenvolvimento funcional da linguagem musical e ser também o contacto e ponte pedagógica entre a escola formal e a comunidade local.
Mestre em Educação Musical pela E.S.E Setúbal, exerce a docência desde 1987. Lecionou em regime de requisição pela S.R.E. Madeira de 2003 a 2014 onde, entre outros cargos, foi coordenador da Modalidade Artística de Canto Coral nas escolas da Região Autónoma da Madeira, formador e diretor artístico do Coro de Câmara da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia da D.R.E. Foi então Professor Assistente Convidado no Instituto Superior de Ciências Educativas, no polo da Madeira. Certificado pelo C.C.P.F.C., orientou dezenas de ações de formação nas áreas da especialidade da Voz, Pedagogia do Canto Coral e ainda de Direção Coral em contexto escolar. Em 2017 foi publicado sob a égide da S.R.E. da Madeira, o livro multimédia de sua autoria, “Crescer a Cantar – Aplicações Metodológicas e Programáticas para a Prática do Canto Coral em Contexto Escolar e Coros em Geral”.
De regresso em 2014/2015 ao seu Agrupamento de Escolas de origem, A.E. Gil Eanes - Lagos, passou desde então a desenvolver o projeto “Crescer a Cantar na Gil”, abrangendo atualmente cerca de 750 alunos do pré-escolar ao 2º ciclo do ensino geral, em todas as escolas do AEGE.
CRESCER A CANTAR NO ENSINO GERAL, DO PRÉ-ESCOLAR AO 2º CICLO
“Crescer a Cantar” é a denominação associada ao método implementado nas escolas da Região Autónoma da Madeira entre 2010 e 2014, no âmbito do projeto desenvolvido pela então Direção de Serviços de Educação Artística da D.R.E., sob a mentoria e coordenação de José Carlos Bago d’Uva, então coordenador da Modalidade Artística de Canto Coral nas escolas da RAM.
Com o regresso ao seu agrupamento de origem, o A. E. Gil Eanes, em Lagos, este professor propôs ao seu Orgão de Gestão, desenvolver o projeto “Crescer a Cantar na Gil” iniciando-se em 2015/2016 com 2 ‘turmas piloto’ no pré-escolar (alunos agora a frequentar o 6º ano de escolaridade). Com a publicação do Dec. Lei nº55/2018 e a consequente criação do novo Plano de Inovação do AEGE, o projeto passou a ser alargado a todas as escolas do agrupamento, começando pela cobertura de todo o pré-escolar e 1º ano, tendo vindo a prosseguir em cada ano letivo para os níveis de escolaridade subsequentes. A ele viria a articular-se também o projeto “Vocal-Prof & Famílias”, destinado a professores e encarregados de educação, numa vertente formativa informal para adultos e intergeracional.
Atualmente o projeto ‘Crescer a Cantar na Gil’ abrange já cerca de 750 alunos do pré-escolar ao 2º ciclo, funcionando em regime curricular semestral. No 1º ciclo e pré-escolar as aulas são lecionadas em coadjuvação entre o professor de Música e o professor titular de cada turma / educadora. Desta forma, metade do concelho de Lagos encontra-se hoje coberto por este projeto que proporciona à sua população escolar até ao 2º ciclo, a oportunidade única de começar com a expressão musical aos 3 e 4 anos de idade na escola pública do ensino geral, numa rara perspetiva vertical do currículo.
Maria Helena Cabral nasceu no Porto. É professora de Educação Musical no Agrupamento de Escolas Sophia de Mello Breyner, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, onde exerceu o cargo de subdiretora nos últimos 12 anos.
Doutorada na área de Educação pelo Programa de Doutoramento em Estudos da Criança (PDEC), na Especialidade de Educação Musical, pela Universidade do Minho, a sua tese, intitulada “O ensino da flauta de bisel em grupo como inovação pedagógica: Uma investigação-ação no 2.º Ciclo do Ensino Básico”, teve como foco o ensino instrumental em grupo, mais especificamente no que à flauta de bisel diz respeito.
A par desta atividade, mantém uma carreira como flautista, atuando quer como primeiro flauta em orquestra, quer como membro de grupos de música de câmara com formações diversas.
O ensino da Flauta de Bisel em grupo. Explorando as potencialidades polifónicas numa escola do ensino geral
Através da prática sistemática da aprendizagem polifónica com a Flauta de Bisel em grupo os alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico poderão desenvolver e consolidar as suas competências e conhecimentos musicais. Neste workshop apresentam-se algumas propostas de atividades a realizar com a flauta em grupo, com ênfase no trabalho polifónico e utilizando diferentes flautas (flauta soprano, flauta contralto). Propõe-se uma reflexão sobre uma pedagogia baseada no ensino estruturado de instrumento em grupo e da aprendizagem mediada por pares, acreditando que esta prática pode trazer melhorias ao nível da motivação, comportamentos e atitudes dos alunos, e ao nível dos seus horizontes futuros e do reforço da sua cidadania.
Patricia Shehan Campbell nomeada Professora de Música Donald E. Peterson em 2000, leciona na Universidade de Washington, cursos nas áreas da educação e etnomusicologia. Cantora e pianista, com estudos de koto japonês, harpa celta, Mridangam indiano karnático, canções búlgaras e Wagogo, lecionou internacionalmente sobre a pedagogia das culturas da música mundial e das culturas musicais infantis. É autora de Lessons from the World (1991), Music in Cultural Context (1996), Songs in their Heads (1998, 2010), Teaching Music Globally (2004), Musician and Teacher (2008), Music, Education, e Diversity: Bridging Cultures and Communities (2018), coautora de Music in Childhood (2017, 4ª edição) e Redefining Music Studies in an Age of Change (2017), co-editora da série Global Music de Oxford de 28 volumes (2004- 2018), Oxford's Global Music Cultures (2021) e The Oxford Handbook on Children's Musical Cultures (2013). Campbell recebeu o Prémio Taiji de 2012 e o Prémio Koizumi de 2017 pelo trabalho na preservação da música tradicional através da prática educacional, e foi premiada como Membro Honorário da Sociedade de Etnomusicologia em 2021. Consultora educacional da Smithsonian Folkways Recordings, das gravações de Alan Lomax, e da Global Jukebox, é editora da série de sete volumes sobre a Pedagogia da Música Mundial (2018-2021) para professores em exercício e futuros professores.
Ensinar Música Culturalmente:
A Pedagogia da Música Mundial como caminho para a compreensão intercultural
A convergência de música, educação e diversidade é notável no quadro da estrutura da Pedagogia da Música Mundial (World Music Pedagogy), na qual a compreensão intercultural se concretiza através de experiências marcantes dentro dos programas escolares de música. Com o compromisso de cumprir os mandatos de diversidade em ambientes educacionais, a Pedagogia da Música Mundial emergiu ao longo de 40 anos de conversas cruzadas e colaboração entre educadores e etnomusicólogos como um meio para compreender a música como um fenómeno global. Os esforços anteriores para o ensino de música do mundo foram louváveis, embora pedagogicamente assistemáticos e incompletos, muitas vezes superficiais, às vezes desligados do som por se apresentarem como "materiais" apenas de notação e, portanto, incapazes de atender aos objetivos de compreensão musical e cultural que são convenientes e necessários.
Em termos democráticos, a Pedagogia da Música Mundial considera as complexidades da diversificação do conteúdo musical dos currículos, as facetas interculturais da interface ensino-aprendizagem e as inúmeras maneiras pelas quais a justiça social é alcançada através da conceção de cursos e programas transformadores. A Pedagogia da Música Mundial reconhece a importância das gravações (quando as circunstâncias não permitem a contratação de músicos-artistas portadores de cultura) para iniciar e promover a aprendizagem e oferece um caminho para que crianças, jovens e adultos aprendam a conhecer a música ouvindo, participando e executando-a, envolvendo-se em variações criativas e inventivas, e entendendo o significado e o valor da música para os “músicos de origem”.
Tal como a educação intercultural procura promover a compreensão das pessoas sobre a multiplicidade de culturas, a Pedagogia da Música Mundial oferece caminhos para apoiar os alunos a crescerem musicalmente de forma mais ampla e profunda, bem como mais culturalmente humanos, através de um processo pedagógico que considera a música como som, comportamento e significado cultural.
Natural de Sé Nova – Coimbra, iniciou os seu estudos musicais na Banda de Soure. Fez o curso geral de Formação Musical pelo Conservatório de Música de Coimbra, integrando grupos corais, quartetos de clarinete e a Orquestra Ligeira do Conservatório. Licenciou-se na Escola Superior de Educação de Coimbra e é mestre em Direção de Orquestra de Sopros.
Participou em alguns estágios de Direção de Orquestra de Sopros, salientam-se vários estágios na Banda Militar do Porto, a qual teve a honra e o privilégio de dirigir, por duas vezes, em concerto abertos ao público. Foi ainda convidado a dirigir a Tuna Académica da Universidade de Coimbra na produção de dois concertos.
Ao longo da sua carreira musical, tem vindo a ser convidado a participar como júri em alguns eventos artísticos, nomeadamente concursos de Bandas Filarmónicas, concursos de teatro, interpretação vocal e, recentemente, nas Marchas Populares da Figueira da Foz.
Desempenhou o cargo de Professor, Diretor Artístico e Pedagógico na Orquestra Ligeira do CRAS (Centro Recreativo Atlético Santamarense) e Diretor Artístico da Associação Filarmónica de Arganil.
Em 2015, dirigiu o I Estágio de Orquestras de Corda e Sopro no Conservatório de Música David de Sousa.
Atualmente, é professor no Conservatório de Música David de Sousa; Diretor Artístico do grupo coral Cantar A’gosto; da Banda Musical Gesteirense e da Orquestra de Jazz do CAE.
Classes de conjunto: desafios e decisões musicais e pedagógicas nas diversidades das formações
Partilha de diversas realidades educativas vividas, experimentadas e refletidas.
Rui Pintão obteve o Curso Superior de Piano do Conservatório de Música do Porto em 1988. Mais tarde obteve o Artist Diploma na Hartford School of Music e o Master`s Degree no New England Conservatory (Boston). Entretanto foi professor de Piano na Escola das Artes da Universidade Católica e professor de Didática do Piano e Didática da Música, desde 1997 até 2013.
No campo da investigação há a destacar a realização de uma conferência realizada na Universidade Católica com o tema de Helena Sá e Costa: Uma referência no Ensino e na Arte do Piano, em 2007. No ano seguinte integrou o Centro de Estudos da Criança na Universidade do Minho como membro integrado. Em 2013 concluiu o doutoramento em Estudos da Criança na Especialidade de Educação Musical na Universidade do Minho, com o título “O ensino de piano em grupo para uma nova literacia musical. Impactos de um projeto de investigação-ação numa escola pública”. Neste momento colabora como docente na Universidade do Minho. A par de recitais de piano, realizados a solo e em música de câmara, desenvolve forte atividade pedagógica como professor de piano no Conservatório de Gaia.
O ensino de Piano em grupo para o desenvolvimento da literacia musical nas iniciações
Propõe-se neste workshop apresentar uma prática de aprendizagem musical através do ensino de Piano em grupo para crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico. Descreve-se o processo de planeamento, desenvolvimento e adaptação desta proposta de aprendizagem numa escola do ensino público básico geral, com teclados individuais para os alunos, e a planificação de aulas e atividades. O objetivo fundamental é o desenvolvimento de uma literacia musical através da aprendizagem de Piano em grupo. Acredita-se que esta prática pedagógica poderá contribuir de forma determinante para a democratização da aprendizagem musical numa perspetiva funcional e também para a diminuição de algum preconceito elitista ainda existente relativamente à prática instrumental. A música aprende-se fazendo, ouvindo e partilhando.
Nasceu em Caldas da Rainha e iniciou os seus estudos musicais, ainda criança, na Sociedade Filarmónica de Alvorninha.
O seu interesse pela pedagogia musical infantil começou no ano 2000, quando iniciou a sua atividade profissional com crianças, licenciando-se na Escola Superior de Educação de Lisboa. Desde então, frequenta cursos nacionais e internacionais de pedagogia musical, tendo trabalhado com vários professores e pedagogos.
Em 2008 teve participação na composição de canções originais no livro “Sementes de Música para Bebés e Crianças” da Editorial Caminho e que contou com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Frequentou, entre 2007 e 2009, o Mestrado em Direção de Orquestra de Sopros e outros cursos de direção em Portugal e Espanha. Dirigiu a Banda da Sociedade Filarmónica de Alvorninha, Banda Filarmónica Ansianense de Santa Cecília e a Banda do Conservatório de Música da Metropolitana.
Apaixonada pelas atividades artísticas para crianças, conduziu entre 2018 e 2021 os concertos educativos para famílias “Histórias da Formiga Rabiga”, uma iniciativa Metropolitana.
Apresenta-se regularmente como narradora de concertos, destacando-se as narrações das obras “Pedro e o Lobo” de Sergei Prokofiev (2012), “Carnaval dos Animais” de Camile Saint Saens (2013), “Um Conto de Natal” de Charles Dickens e Sérgio Azevedo (2020), com a Orquestra Metropolitana de Lisboa
Durante dez anos, teve a seu cargo a Direção Pedagógica do Conservatório de Música da Metropolitana.
Desde 2005 é professora no Conservatório de Música da Metropolitana e professora coordenadora na Escola Raiz, assumindo ainda a direção artística da Piccola Orquestra Metropolitana desde 2012.
Projetos artísticos para crianças – A ideia que sai da gaveta
A motivação é reconhecida como um fator essencial para uma aprendizagem bem-sucedida. Desde logo, o professor deve levar a que as crianças sintam que este cria expectativas e perceções positivas no que diz respeito a elas mesmas, fatores estes que vão naturalmente influenciar o seu desempenho e a sua autoestima.
Ao desenvolvermos projetos artísticos com grupos de crianças do ensino básico e especializado, é necessário colocar cada criança no centro do projeto, dando atenção às perspetivas, aos significados e às perceções destas em relação às suas práticas musicais. Se uma criança é capaz de desenvolver o pensamento crítico através da música, a sua ideia que sai da gaveta deverá ser o ponto de partida para a elaboração do projeto, dando espaço à imaginação e criatividade.
Neste encontro pretende-se mostrar projetos que interligam a música com outras artes e áreas do saber, passando pela escolha de reportório de épocas, estilos e culturas diversificadas e em que os interesses, as capacidades e os próprios contextos socioculturais das crianças façam parte do ambiente desta aprendizagem musical.
Professora Adjunta na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre, onde exerce funções docentes desde 1999/2000. Tem lecionado e investigado nas áreas das expressões artísticas/educação musical e musicologia. Editou vários artigos e textos em capítulos de livros (Comunicações em Congressos), revistas nacionais e de circulação internacional, sob a temática da educação. Enquanto docente no Conservatório Regional de Portalegre (1993-2000) - atual Escola de Artes do Norte Alentejano - lecionou disciplinas de Piano, História da Música, Acústica Musical e Classe de Conjunto.
Doutorada pela Universidad de Extremadura - Facultad de Formación del Profesorado - na área da Didática Musical. Mestre em Educação Musical pela University of Surrey Roehampton - London. Licenciada em Ciências Musicais/Ramo de Musicologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Brincar com o Som: a música erudita contemporânea e o universo infantil
Educação musical é primeiramente educação estética. A ação do professor deve possibilitar a avaliação/reflexão de qualidades intrínsecas da música de forma partilhada, assim como a vivência de experiências estéticas nas abordagens curriculares e recursos utilizados, procurando estratégias que permitam alargar a cultura musical na formação do aluno. Utilizar recursos diversificados e de qualidade é, por isso, fundamental, e nesse sentido assumimos que a música erudita é essencial para a educação musical da criança. No entanto, observamos que a música erudita contemporânea raramente é considerada na seleção musical do professor/educador.
Neste espaço de partilha de conhecimento e de apresentação de experiências pedagógicas, questiona-se: Que perceção tem a criança sobre a música erudita contemporânea? Será um “bicho-papão” para a criança e para o adulto? Como trabalhar as premissas desta tipologia na educação musical da criança?
A Associação Portuguesa de Educação Musical, APEM, é uma associação de caráter cultural e profissional, sem fins lucrativos e com estatuto de utilidade pública, que tem por objetivo o desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação musical, quer como parte integrante da formação humana e da vida social, quer como uma componente essencial na formação musical especializada.
Cantar Mais – Mundos com voz é um projeto da Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM) que assenta na disponibilização de um repertório diversificado de canções (tradicionais portuguesas, de música antiga, de países de língua oficial portuguesa, de autor, do mundo, fado, cante e teatro musical/ciclo de canções) com arranjos e orquestrações originais apoiadas por recursos pedagógicos multimédia e tutoriais de formação.
Caros sócios,
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