De A a Z para a Música na Educação

De A a Z para a Música na Educação... por João Frederico Ludovice

João Frederico Ludovice

João Frederico Ludovice

Produtor e Editor Multimédia. É um dos principais editores de música clássica nacional com cerca de duzentas e setenta edições de artistas e reportório português, para etiquetas como a EMI Classics, Virgin Classics, RCA Classics, BMG Classics, Philips Classics, Naxos, Dynamic e Resonare Records, sendo presentemente o produtor musical mais galardoado em Portugal com vários prémios da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).

É atualmente consultor de marketing estratégico em projetos para a industria discográfica. Foi o responsável pelas edições fonográficas do Porto 2001, Expo 98 e Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura. Foi consultor para assuntos culturais da Universidade de Évora e o consultor convidado pela organização da Festa da Música no CCB em Lisboa - La Folle Journèe. Foi programador na Antena 2 (RDP), na Rádio Geste e na Rádio Renascença Produtor da Orquestra Divino Sospiro. Exerce presentemente as funções de Administrador da plataforma digital PMH-Portuguese Musical Heritage.

Leciona a cadeira de Processamento de Sinal, de Síntese Sonora e Sampling e a de Criação Musical no curso de Produção Musical da ETIC/EPI. A sua formação musical foi realizada na Academia de Música de Santa Cecília, no Conservatório Nacional de Lisboa e no Instituto Gregoriano de Lisboa, MBA na Universidade Nova Lisboa/ ICHEC Bruxelas(Gestão de Projecto Digital Subject not thesis) e possui uma Post Graduação em Marketing na Universidade Católica de Lisboa.

Clique no seguinte link para ler este A a Z:

A

de Academia de Música de Santa Cecília.

Instituição onde dei os primeiros passos no estudo da música. Fui sempre bolseiro da instituição. Ensino de grande qualidade.

B

de Burmester.

Pedro Burmester pianista amigo com quem produzi diversos CDs e com quem obtive os meus primeiros prémios na qualidade de produtor discográfico.

C

de Christopher Bochmann.

O melhor professor de música que alguma vez tive.

D

de Divino Sospiro.

Quando cheguei ao CCB fui informado pelo meu antecessor, António Pinho Vargas, que tinha sido escolhido este agrupamento musical para orquestra barroca residente do CCB. No primeiro CD que produzi em conjunto, dedicado a Mozart, atingiu-se o primeiro lugar de lista vendas da Tower Records em Tóquio cidade onde o DS tinha estado a dar concertos no âmbito da Folle Journée. Seguiram-se (e seguem) muitos outros projetos comuns.

E

de EMI Classics.

A melhor etiqueta discográfica com quem trabalhei. Uma honra ter editado ali, como produtor, cerca de oitenta títulos. 90% de música e ou músicos nacionais.

F

de Ferreira.

1 -David Ferreira provavelmente o melhor administrador de uma etiqueta discográfica com quem trabalhei e 2 -Rui Ferreira o melhor diretor de marketing que já tive.

G

de Gilberta Paiva.

Pedagoga musical - Diretora da Academia de Santa Cecília e que, anos mais tarde, fez com que eu regressasse aos estudos musicais na sua classe do Conservatório após um "longo" intervalo de 7 anos. Foi através dela que acompanhei o percurso final dos estudos de António Rosado em Portugal e de quem me tornei admirador, amigo e produtor. Dessa amizade resultou a edição discográfica de vários discos com o António Rosado para a EMI Classics e para a RCA Classics. Ao entrar em estúdio com o este pianista relembro a preparação para o exame feita por Gilberta Paiva e da "passagem" do António para Aldo Ciccolini.

H

de Hora.

Joaquim Simões da Hora - O homem que me disse que eu deveria ser produtor discográfico e não músico. (Agradeçam-lhe ouvintes incautos! poupou-vos um grande dissabor).

I

de Instituto Gregoriano de Lisboa.

Possante, Helena Pires de Matos e Carmelo. Quem lá esteve sabe do que estou a falar. Um ensino de elevada qualidade.

J

de José Fortes.

Oitenta e cinco CDs gravados com o grande mestre da arte da captação sonora. 4 Discos platina, 16 de ouro e vários de prata, galardões da AFP que a ele os devo e ao mérito dos intérpretes.

K

de Ketil Are Haugsand.

O primeiro artista que editei internacionalmente. Considero-o como um Irmão. Obras de Carlos Seixas e a primeira crítica na Gramophone escrita por Stanley Sadie (editor do Grove dicionary of Music). Percebi que Joaquim Simões da Hora tinha razão ao dizer-me para me fixar neste trabalho. Foi o último projeto produzido com Joaquim.

L

de Leonhardt, Gustav.

O melhor sentido de humor musical.

M

de Mozart .

A Coluna de Harmonia da minha vida.

N

de Nicholas McNair.

Por brincadeira digo que Nic é a única relação (indirecta) que tenho com John Elliot Gardiner. Ambos (em pólos opostos de qualidade e conhecimentos musicais) consideramos o Nic como um raro tesouro das ciências musicais. Para as bestas mais renitentes e apenas para os simples, sugiro a leitura das notas do CD da ARCHIV da Flauta Mágica gravada por Gardiner. Se não atingirem a luz leiam as notas de programa CCB da Ópera Antígono de Mazzoni e percebam o papel que ele teve na produção.

O

de Oliveira Lopes, José.

Barítono. Conheci-o pessoalmente e foi visita regular minha casa nos últimos dez anos de carreira como intérprete. Ao ouvir as suas gravações mais antigas percebi o quão injusto é Portugal em não promover os seus melhores. Idem para Helena Sá e Costa. Ser-se professor de música em Portugal é abdicar de uma carreira.

P

de Polygram.

Quando deixei a Antena 2 fui convidado para trabalhar para a Deutsche Grammophon. Aceitei mas, quando me sentei a trabalhar como label manager disseram-me que teria de passar primeiro pelo pop rock. Editei/ promovi bandas como os Cure, ABBA BeeGees e muitas outras. Foi uma grande aprendizagem em marketing musical.

Q

de Quaerendo Invenietis.

Mateus 7:7, Lucas 11:9 Ao leitor da APEM que aqui chegou a esta letra (agradeço) pergunta-se, de que compositor falo eu?

R

de Rostropovich.

Mistislav Rostropovich - Um dia recebo uma chamada da EMI Classics, UK dizendo que aquele artista tinha mostrado interesse em conhecer-me. Na verdade Portugal tinha sido o único território europeu que tinha acreditado suficientemente na edição das Suites (Bach) para fazer publicidade de televisão. Queria agradecer-me. Não podia perder a oportunidade de, nesse encontro, lhe pedir para autorizar a edição do Concerto de Lopes Graça a ele dedicado. Romeu Pinto da Silva disse-me que a gravação feita com a Orquestra Gulbenkian no Festival de Sintra não estaria nas melhores condições. Mesmo assim fui com Romeu e com o António Toscano (Antena 2) almoçar com Rostropovich. Fiz o pedido a medo e recebi a seguinte resposta: Essa gravação pode não estar bem, como diz o seu amigo, mas eu gravei Lopes Graça (o dito concerto) com a Filarmónica da Rádio Moscovo dirigida por Kirill Kondrashin e se achar bem, posso enviar para sua aprovação. Declinei a "minha aprovação" pelas razões óbvias e hoje esta obra encontra-se editada na caixa de Cds da EMI Classics de Rostropovich.

S

de Sibertin.

Antoine Sibertin-Blanc - "Mais Si mais concetéze" Um grande Senhor Professor e a quem Portugal deve uma inteira geração de Organistas. Um refinado sentido de humor e um português escrito de fazer vergonha a escritores lusos. Gravei vários CDs com o artista.

T

de dois Tozés.

1 - Tozé Carrilho, um globetrotter da flauta de bisel que tarda a ser reconhecido em Portugal fora dos meios musicais. 2 -Tozé Brito que juntamente com David Ferreira é a pessoa que mais aprecio no mundo da edição discográfica.

U

de Uqbar.

País onde conheci Jorge Luís Borges e que pretendo revisitar em breve a menos que seja tudo uma Ficção.

V

de Viana César.

Poli instrumentista. Produzi mais de 8 Cds com o César. Dou aqui um testemunho em primeira mão. RCA Classics- Gravação em Berlim com a RIAS Big Band e reportório de G. Gershwin. O César Viana chega à noite ao hotel em Berlim e descobre que as partituras alugadas em Lisboa para a gravação não correspondem às versões e partes encomendadas. Agarra em papel de música e reescreve os arranjos todos. No dia seguinte na RIAS ninguém deu pela diferença. Mais tarde, noutro projecto (Sousa Carvalho/ Ketil Haugsand) descobre-se que a abertura deveria também ter tido cravo. Não há a possibilidade de regravar a orquestra. César Viana sentou-se ao Cravo que lá tinha em casa e (em multitrack) gravei-o num só take e hoje o CD menciona um cravista, Aires Nunes, que são os apelidos do Professor César Viana. Meteu-se agora a tocar Sakuachi e “não há quem o ature”. Disse-lhe recentemente para esquecer o Taiko já que tem vizinhos. Receberei por isso, estou certo, a chave da cidade de Madrid diretamente das mãos do Alcalde. "El Sakuachi i lo suportamos bien, pero èl tambor Japonés..."

W

de Wallenstein, Pedro.

Creio que não é exagerado dizer-se que contrabaixos não há argumentos. Mais não digo.

X

de Crossfade (Xfade).

uma técnica de edição musical (áudio) que resolve muitos problemas a artistas problemáticos.

Y

de Yvette Centeno.

Como sabemos é uma Magister Ludi de Castália que se apaixonou por Portugal. Actualmente dirige o Jogo das Contas de Vidro.

Z

de Zemlinsky.

Maria Fernanda Cidrais telefona-me, da Fundação Gulbenkian para a Polygram, a perguntar se tenho um CD com obras de Zemlinsky. Digo que sim, que o envio de seguida. Para escrever as notas de programa ela gostaria de conhecer a obra em causa. Lembrei-me de Francine Benoit e do meu pai que insistiam em conhecer o assunto musical sobre o qual iam escrever. Um exemplo.

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